sábado, 8 de março de 2014

TEXTO DISSERTATIVO
EDUCAÇÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM SURDEZ- ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO EM CONSTRUÇÃO

Focalizando de forma específica a Educação Escolar das Pessoas com Surdez e remetendo-nos a estudos que vem trazer informações necessárias e precisas, vem se tornar relevante lembrarmos que, aproximadamente há dois séculos esse enfoque dualista, entre gestualistas e oralistas, permeiam e ocupam importante lugar nas Políticas Públicas do nosso país, seja na escola comum ou especial.
Enquanto as discussões ficam centradas na aceitação de língua uma ou de outra,as pessoas com surdez não tem o seu potencial individual e coletivo desenvolvido,ficam secundarizadas e descontextualizadas das relações sociais das quais fazem parte,sendo relegadas a uma condição excludente ou a uma minoria. (DAMÁZIO 2010 p.46 )
E diante de uma Política Educacional que esteja voltada para uma Educação Escolar para as pessoas com surdez,com propostas descontextualizadas com o mundo real das pessoas surdas, vem se tornar preciso uma releitura das propostas que o espaço escolar tem sido remetido, para que as práticas de ensino e aprendizagem na escola comum pública e privada, possa então ser caracterizada  pela sua eficácia, na busca de uma verdadeira produtividade e qualidade inerente para a educação da pessoa surda, a qual por sua vez vem se fundamentar em três abordagens diferentes: a oralista, a comunicação total e a abordagem por meio do bilingüismo.Onde as duas primeiras não favoreceram o desenvolvimento das pessoas surdas, negando a língua natural desses alunos. Já a abordagem bilíngue busca capacitar a pessoa com surdez para a utilização das duas línguas, ou seja, a língua de sinais e a língua da comunidade ouvinte.




Em meio a essa realidade, a abordagem bilíngüe vem se legitimar, a partir da sua obrigatoriedade que se afirma no Decreto 5.626 de 05 de Dezembro de 2005, que vem determinar o direito de uma Educação em que a língua de sinais e a língua portuguesa em sua modalidade escrita, ocorram de forma simultânea e que acesso as mesmas colaborem com o processo educativo do aluno com surdez.
Dessa forma podemos compreender que o fracasso do processo educativo das pessoas com surdez, não é um problema somente relacionado com a aplicabilidade dessa ou daquela língua e sim o problema está na qualidade das práticas pedagógicas das nossas escolas.
            ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO PARA PESSOAS COM SURDEZ – AEE PS
Este por sua vez, vem respeitar e garantir o acesso as duas línguas obrigatórias para o atendimento do aluno com surdez, possibilitando um melhor ambiente de aprendizagem e buscando metodologias que promove o desenvolvimento afetivo, social, cognitivo e lingüístico desse aluno.
E assim o AEE-PS elabora seu plano envolvendo três momentos didático-pedagógicos: AEE em libras; AEE para o ensino da língua portuguesa e o AEE para o ensino de libras.Devendo assim respeitar o ambiente comunicacional das línguas e a participação ativa dos alunos com surdez, em prol de um verdadeira aprendizagem.
Enfim é preciso que a nossa sociedade acredite na inclusão e assim contribua para o desenvolvimento de uma Educação que atenda à todos, ouvintes e oralistas, onde o processo de construção do saber possa ser compartilhado também por todos.


DAMÁZIO, M.F.M; FERREIRA, J. Educação Escolar de Pessoas Com Surdez- Atendimento Educacional Especializado Em Construção. Revista Inclusão: Brasília: MEC, V .5.2010. p.46-57.   

Sem comentários:

Enviar um comentário